O Jardim das Amoreiras é uma pequena caixa de tesouros. É precioso como uma maçã que se guarda, todo o Inverno, envolta em papel de seda. À volta do jardim está o mundo; uma roda de casas e prédios, mais os arcos brancos do aqueduto protegem-no, mostrando a intervalos, lá no alto, as copas verdes, o voo dos pássaros, um outro mundo. É um jardim tratado, jardim de cães em passeio, com um quiosque verde, com caminhos e relvados protegidos. De um lado, a Fundação Arpád Szènes - Vieira da Silva. Ao centro, um repuxo de água. É um jardim silencioso.
Este Outono, há coisa de duas semanas, vi lá o amarelo. O vento, «a criança dos céus», e os dias encarregaram-se de ir limpando as árvores, os jardineiros passaram por lá no seu labor infindável, mas ele esteve lá. E eu também. Pensei em como nos esquecemos demasiado do amarelo.
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How wonderful yellow is. It stands for the sun. - Vincent Van Gogh
What a horrible thing yellow is. - Edgar Degas
It is the color closest to light. - Goethe
Some painters transform the sun into a yellow spot, others transform a yellow spot into the sun. - Pablo Picasso
(As citações, cuja autenticidade não posso aliás garantir, são só para o estilo; o que interessa mesmo é o amarelo. Ainda assim, acho que van Gogh teria gostado do jardim das Amoreiras este Outono)
De Anónimo a 24 de Agosto de 2004 às 17:42
É esse o nome da árvore? Obrigada!galinhola
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(mailto:)
De Anónimo a 24 de Agosto de 2004 às 15:33
Um comentário tardio, oito meses depois, para mostrar outros lugares onde o mesmo amarelo (das folhas de Ginkgo) marca a chegada do Inverno:
http://www.xs4all.nl/~kwanten/portugal.htmPaulo Araújo
(http://dias-com-arvores.blogspot.com/)
(mailto:paraujo@fc.up.pt)
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