Como saber se um vulcão está extinto?
Um vulcão extinto é uma coisa muito triste, apenas comparável a uma área de orquestra que nunca é usada. No entanto, nem sempre um vulcão aparentemente extinto o está, de facto. É um pouco como aquelas borbulhas que não esprememos até ao fim. Grande porcaria.Descobri no outro dia que foi este o primeiro post deste blog (quando ainda não era bem um blog, quando eu andava a brincar a ver como funcionava isto).
Este blog, há semanas, pôs-se a dormir uma sesta, depois entrou em hibernação, depois talvez em coma. Não faço ideia. Este post é apenas para dizer alguma coisa a quem ainda aqui vem (se é que não desistiram já todos, que é o que eu teria feito). Deixou de me apetecer postar, e pronto. A verdade é que não sinto que tenha a dizer seja o que for que valha a pena, que eu ache que mereça interromper o silêncio. Também deixei praticamente de ler blogs, mesmo aqueles de que ainda gosto. Talvez seja o meu organismo a rejeitar uma vida de excessos, talvez sem saber esteja metida num casulo, talvez tenha sido, finalmente, abduzida por extraterrestres, ou talvez isto seja um amor que acabou e não haja nada a fazer. Não sei, como no primeiro post, se isto está extinto ou apenas em repouso. E já nem penso muito nisso (eu, que até sou uma rapariga ajuizada!).
E depois, venho aqui pela calada cobardemente, só por descargo de consciência ou sucedâneo de cortesia, quando acho que já toda a gente foi embora. Se não fosse mariquinhas, nem dizia nada. Refiro o primeiro post mesmo sabendo que este falso passe de magia de fingir que fechei o círculo é desajeitado. Nem tenho vontade ou coragem de me sentir emocionada (e não estou, de facto) nem agradecida (isso, estou), vejam só que miséria. Mas fica aqui uma palavra que, se for realmente a última (e eu sei lá), sempre é bonita: sal.