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Segunda-feira, 20 de Junho de 2005
Vou só ali à casa-de-banho chorar um bocadinho
Excertos de um artigo(incluindo declarações de responsáveis da PT) ao Expresso Economia, a propósito da nova campanha da empresa. Ainda pensei em fazer uns sublinhados, mas sinto alguma repulsa em mexer nisto.

“(...) a PT tem um desígnio. Não pode deixar de estar ao serviço do país e da língua”. E para tornar Camões “trendy”, este Verão, a PT, numa iniciativa conjunta com o Instituto Camões vai pôr a tocar nas discotecas do país um CD com oito poemas de clássicos portugueses (como Pessoa e Florbela Espanca), musicados em vários estilos de música por DJ,s, sendo que a nona faixa do CD terá as 3 palavras chave da nova identidade da PT (Inovar, Mudar, Melhorar) declinadas por gente de idades diversas no português falado nas várias latitudes – Trás-os-Montes, Alentejo, Cabo Verde, Brasil, Açores, Angola, Timor, etc…

(...) Abílio Martins, director de Comunicação Corporativa da PT, e responsável pela megacampanha que reabilita Camões junto das novas gerações, diz que a campanha é uma vasta acção de comunicação institucional de proximidade ao cliente e explica que foi concebida com base na experiência do road show “A PT perto de si” e do PT Escolas. Termina referindo que “no fim do dia, o que é bom para a PT é bom para o país. A nossa atitude consiste em olhar nos olhos dos clientes, em agarrar na nossa língua e cultura como tradição de futuro, para gerar afectos, partilhar as mágoas e celebrar os sucessos. Estamos a fazer comunicação total”.
publicado por AG às 18:00
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Domingo, 19 de Junho de 2005
Eu sei que mereço uma coisa destas
Isto, obviamente, é uma vingança da Ana por um 'chain post' em que a envolvi há tempos.

1) Tamanho total dos arquivos no meu computador?
Pouco mais de 2 GB. É o que dá não andar aí na má vida nos Soulseeks e coisas dessas.

2) Último disco que comprei:
"Phados", Lula Pena (por recomendação d' a Gerência, impecável como sempre).

3) Canção que estou a escutar agora:
Qualquer coisa brasileira muito pimba que cinco rapagões com pinta de capoeiristas têm em altos berros lá em baixo, na rua. Um está enfiado no capot do carro a tentar desvendar o insondável; os outros quatro estão, cada um com a sua cerveja na mão, a olhar para ele e a espantar a tarde de Domingo e o calor.

4) Cinco canções que ouço frequentemente ou que têm algum significado para mim:
Ouço música por fases e de forma mais ou menos obsessiva. A isso acresce o facto de ter iniciado a adolescência nos anos 80, o que me obriga a manter silêncio sobre algumas coisas que me marcaram. Assim como assim, e sem top (que o não tenho), aqui vão algumas coisas que têm resistido ao tempo:
- os genéricos dos desenhos animados do Marco, do Tom Sawyer, do Conan, o Rapaz do Futuro, do Dartacão e do Verão Azul (conta só como uma)
- Com um Brilhozinho nos Olhos, do Sérgio Godinho
- Inquietação, do José Mário Branco (e já tenho feito raves cá em casa sozinha com o FMI)
- Joana Francesa, do Chico Buarque
- Prelúdio à 1ª suite para violoncelo de Bach (tenho ali um CD com aquelas letrinhas e números que o identificam de forma mais rigorosa, mas tenho preguiça de ir ver)

Curiosamente, faltam aqui todas as minhas cantoras (e quase todas as minhas vozes preferidas são de mulheres).

5) Lança o testemunho a outros cinco bloggers:
Não conheço assim tantos bloggers. Vou quebrar a corrente, pronto. Venha o castigo divino.
publicado por AG às 17:53
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Quarta-feira, 15 de Junho de 2005
A televisão, coisa mailinda
É quando vejo coisas como a reportagem da SIC no funeral de Álvaro Cunhal que confirmo que não quero mesmo ter televisão. Pérolas como 'Álvaro Cunhal prepara-se neste momento para ser cremado'. Perguntas como 'O senhor veio até aqui para dizer Até sempre, camarada Cunhal?'. Ou, falando com um homem cuja voz denunciava um início de choro: 'O senhor não está a conseguir conter a emoção e as lágrimas...?'

Dizem-me aqui ao lado, fartos das minhas embirrações, que estes repórteres são mal pagos. Mas o bom senso paga-se? Ou isto é uma forma de protesto jornalístico contra a exploração? Depois, declarações como 'Espero que este dia fique para a história do país'. Pois eu não quero saber quais as esperanças desta senhora. Irrita-me solenemente este vício, que é sobretudo televisivo, de se tirar conclusões e fazer avaliações porque o espectador, coitadinho, é um imbecil. Nas entrevistas de telejornal isso é flagrante. Confunde-se a capacidade de fazer o entrevistado revelar-se com a função de tradutor de oráculos. Haja paciência. Somos todos muito especiais.

Apesar de tudo, a reportagem valeu por uma daquelas coisas que me levarão para o Inferno: a delícia de ouvir os comentários do bom povo. Aquelas coisas como 'Eu vim ao funeral, mas sou uma pessoa muito doente. Estava ali, mas comecei a ficar mal disposta, e depois sentei-me aqui...' Ou uma senhora, respondendo à pergunta se vinha despedir-se de Cunhal: 'Hmm... bom... eu gosto sempre de vir, sabe...' . Isto, sim.
publicado por AG às 18:33
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Caderno de esboços
publicado por AG às 00:11
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Terça-feira, 14 de Junho de 2005
Já ouvi explicações mais inverosímeis
target=_new align=left vspace=5>On ne peut pas faire l'amour le jour entier; c'est pourquoi on a inventé le travail.
(diz o médico de L'Homme qui Aimait les Femmes, de Truffaut)
publicado por AG às 23:32
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2005
E depois, os jacarandás
Esses jacarandás que ocupam a cidade derramando flores - flores que cobrem o céu sobre as nossas cabeças, as calçadas, o asfalto, os automóveis estacionados, os bancos de jardim. Leda poderia sentar-se num desses bancos de jardim e deixar-se cobrir de flores de jacarandá.
publicado por AG às 23:37
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E termino com Marin Sorescu, que sabe muito
LEDA

Leda passa sorrindo
Por entre as coisas
E vai para a cama
Com todas elas.

O muro fez-lhe um filho
Da hera,
O sol fez-lhe nascer
Um girassol.

Ela fez amor às claras
Com todos os bois,
À cabeça o boi Apis,
Mas, diabos a levem,
Nem sequer se nota.

Grande puta,
Esta Leda,
Por isso é que o mundo continua
Tão bonito.
publicado por AG às 23:06
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Pasifae
align=left hspace=5>size=1>André Masson, Pasiphae, 1937
publicado por AG às 23:01
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Leda
align=left vspace=4 hspace=4>Uma pesquisa no Google leva-me a concluir que são poucos os desenhos ou pinturas de Leda e o Cisne em que não se veja, pelo menos parcialmente, o rosto de Leda. Entre o rosto sem traços pintado por Matisse e por exemplo este de Saskia Huetink vai ainda assim uma distância grande nas pistas fornecidas quanto ao que sente Leda no momento em que é possuída pela ave (e antes um cisne que uma pomba branca). Gosto da ideia de não se ver o rosto de Leda. Dois dos meus quadros preferidos sobre o tema são os de Correggio e de Michelangelo. E gostei tambem desta imagem de Maria Lazo. Ao lado, algo que nunca tinha visto: Leda sendo possuída ao mesmo tempo por Júpiter e pelo marido, Tíndaro (de Antoine Coypel).
publicado por AG às 22:29
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Quarta-feira, 8 de Junho de 2005
Nesse reino
Construimos uma casa: paredes, tecto, janelas. Decoramos a casa com objectos de passar para o outro mundo:

um espelho,
uma porta,
um tanque de água,
uma árvore,
uma escada.

Sentamo-nos então, atentos; a viver na casa. Espiamos os objectos: ilusões de óptica, ritmo cercado da matéria. Por vezes, dormimos. Os sonhos nada nos dizem. Despertamos, olhamos de novo:

espelho,
porta,
árvore,
tanque,
escada.

Certo dia, tentamos a palavra. Não acontece nada. É uma palavra que não pode voltar a ser usada. Deitamo-la fora; tentamos outra. E outra. E outra. E outra. E outra.
publicado por AG às 23:44
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