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Sexta-feira, 31 de Dezembro de 2004
Traduzido de Kleist, O Duelo
E que dever tem a suprema sabedoria divina de exprimir a verdade no preciso momento em que, com fé, é invocada?

(REVER)
publicado por AG às 10:52
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Balanço
O único balanço que gosto de fazer é o do atleta que prepara o lançamento. Sentir a volúpia do desequilíbrio iminente, o prazer disciplinado do movimento do corpo no espaço em volta, roçar a aresta do círculo. A sonoridade e o ritmo da palavra balanço. A descarga de energia no arremesso. E ir-me embora.
publicado por AG às 10:27
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Quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004
Modo citação: Samuel Beckett
"Conheço essas pequenas frases que parecem não ser nada e que, uma vez admitidas, são capazes de empestar uma língua inteira. Nada é mais real do que o nada. Saem do abismo e não descansam enquanto para lá não arrastam tudo. Mas desta vez saberei defender-me."

(de Malone Está a Morrer, edições D. Quixote, trad. de Miguel Serras Pereira. O itálico é do próprio texto)
publicado por AG às 23:28
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Google Zeitgeist 2004
O Google já tem disponível o Zeitgeist 2004 - este ano, imagine-se, em flash! Como diria alguém: começa-se assim, e acaba-se no cadafalso. No entanto, o que realmente importa no meio de tudo o mais é que no mês de Julho o terceiro lugar de pesquisa de imagens no Google foi para... Cristiano Ronaldo! Apenas ultrapassado pelo Shrek e por uma tenista russa.

Igualmente assinalável a procura de informação sobre a chamada 'wardrobe malfunction' de Janet Jackson, que levou ao desnudamento do seio (direito?) da cantora. Sim, já há nome para o fenómeno. Mais vítimas foram atingidas pela mesma síndrome, segundo li há tempos no Yahoo. Por cá, teremos de contentar-nos com visões fugazes da canela peluda dos nossos políticos quando há audiências em Belém e a perna da calça sobe, despudorada.
publicado por AG às 10:27
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Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2004
Quando eu for grande quero ser jornalista
Há dias chatos porque morrem pessoas de que nunca ouvimos falar, e temos de fazer uma notícia sobre isso. Então vamos aqui e ali ver o que os outros disseram, escolhemos umas frases com adjectivos e considerações gerais inócuas, sacamos uma referência qualquer concreta sobre o defunto (neste caso, a defunta) - o ano em que pela primeira vez fez qualquer coisa, a data em que se mudou de uma cidade para outra -, juntamos tudo, dividimos em vários parágrafos para parecer muita coisa, e pronto. Não é difícil. Basta ver a notícia da SIC Online sobre a morte de Susan Sontag:

Morreu Susan Sontag

Escritora e realizadora, Susan Sontag foi galardoada, no ano passado, com o Prémio Príncipe das Astúrias. Morreu, ontem, aos 71 anos, num hospital de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Foi considerada a "dama negra" da literatura norte-americana. As reflexões de Susan Sontag causavam polémica e irritação. Os seus ensaios não deixam os leitores indiferentes.

Começou a carreira teorizando sobre a cultura quotidiana. Aos 14 anos de idade fora convidada para tomar chá com Thomas Mann, quando do seu exílio na Califórnia.

Desde muito cedo, a ensaísta assumiu-se como mediadora entre os universos europeu e o norte-americano. Empenhou-se no apoio à recepção da obra de autores como Elias Canetti, Walter Benjamin ou Roland Barthes.



Se não fosse de mau gosto (o que é sempre tentador), eu ensaiava aqui uns obituários segundo esta receita, só para ver o que sobrava de informação sobre o defunto. Se fosse sobre mim, por exemplo, poderia dizer: Aos 17 anos, Freitas de Amaral confundiu-a com a empregada da Hemeroteca de Lisboa e perguntou-lhe se lhe arranjava daqueles papelinhos das requisições de jornais antigos.
publicado por AG às 19:14
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Terça-feira, 28 de Dezembro de 2004
O que sobrou do Outono
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Nota: depois de tirar estas fotografias fui atrás de uma referência da Cristina a umas romãs da Alexandra. Não sei qual o seu sentido, se é que têm algum especial, mas sirvam estas como um aceno caloroso ao regresso de uma e à continuidade de outra.
publicado por AG às 23:45
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Segunda-feira, 27 de Dezembro de 2004
Dilema
Numa agência funerária vemos uma lápide, que supomos prestes a ir ocupar o seu lugar na sepultura, com erros de português. 'Tão cedo pastis-te'. 'Agora que nos deixas-te'.
Dizemos alguma coisa? Arriscamo-nos ao olhar reprovador que nos dirigirão por só pensarmos em coisas sem importância perante algo como a morte e o sofrimento manifestado pelos entes queridos naquelas palavras? Ou deixamos que o falecido fique, para sempre (ou enquanto existir a lápide), assinalado pela má ortografia que nem é dele?
publicado por AG às 21:47
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Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2004
Olhei para o céu, estava estrelado
publicado por AG às 13:32
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Terça-feira, 21 de Dezembro de 2004
Espiar as palavras
A última actualização parece ser deste Verão, mas, ainda assim, o WordSpy não deixa de ter muita coisa interessante, a começar pelo conceito: um repositório de novos termos e expressões da língua inglesa, que vão surgindo em jornais e outros meios. Coisas como de-policing e strategic philantropy.
publicado por AG às 04:53
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Domingo, 19 de Dezembro de 2004
Modo citação: Nelson Ascher
Nascido em 1958, S. Paulo;
(...)
trabalhou para a Folha de S. Paulo, desde 1984, primeiro como editorialista e, depois, como editor de Livros e do Folhetim; criou a Revista USP e a dirige como editor-chefe desde 1988.


Extraído da biografia do livro O Sonho da Razão, de Nelson Ascher, editora 34, 1993. Do mesmo livro foram extraídos os poemas que se seguem. Nelson Ascher é também tradutor.

Correspondências

Há pássaros que tento
ouvir, mas sem sucesso
e, embora busque atento

virá-los pelo avesso
feito uma tela abstrata,
eu nunca os reconheço.

Pior quando se trata
das árvores, pois estas
escarnem da inexacta

visão que nem atesta
se são, como se pinta,
diversas da floresta.

E o próprio tato, ainda
que insista, não discerne
o quanto são distintas

as pedras quando inertes
expõem com diferenças
seus diferentes cernes.

O ouvido não compensa
o olhar, nem este, assíduo,
compensa o tato; a avença

que houver no seu emprego
- sentidos sem sentido! –
restringe-se a um nó cego




Augenblick
                          p/ A. S. Robayna

A imagem que instigante
se instala na retina,
instando-se, ilumina
por menos de um instante,

no qual o olhar vislumbra
silêncio lume adentro
e, além do umbral cinzento
do lume, só penumbra.

A imagem que, no entanto,
se instala na retina,
mais instantânea, ensina
o olhar a haurir, no espanto

que a lágrima resume
(pois nela, liquefeita,
a imagem se deleita),
todo o negror do lume.




meu verso

meu verso afio
(navalha velha)
dias a fio
e se me espelha
(mas não me fio)
é só de esguelha




trompas

Se tua língua
linda de longa
lábia se aninha

em cada lábio
lábil da minha
trompa de Eustáquio
e langue-lenga,

a minha lingua
logo se vinga,
lambe o batom
sabor de ópio
das tuas trom-
pas de Falópio
e nelas míngua.
publicado por AG às 21:17
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