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Sexta-feira, 30 de Abril de 2004
Almanaque 2004 para o mês de Abril: charadas e passatempos
Abril é o mês de todas as escolhas. Qual a resposta certa?

Ao entrar no túnel do Metro, terá vozes e movimentos simultâneos ou desconexos, como uma orquestra que afina os instrumentos antes de começar: um rapaz que lhe estende o jornal Destak, um cauteleiro que apregoa em voz fina e rouca "Quem quer ganhar 5.000?", e um pedinte sentado num banco, como uma planta que não é regada há muito, e que diz "A sua moedinha, por favor...".

O que é que você faz? Sabendo que qualquer uma das opções pode marcar o fim de um ciclo na sua vida ou ser a porta de entrada para um futuro imprevisível? Ou, mesmo, não ter qualquer importância.

Caso siga em frente, poderá ainda, mais tarde, decidir se vai ou não dirigir-se à mulher que chora num recanto da rua, de rosto encostado à parede e falando convulsivamente ao telemóvel em ucraniano. Mas nunca saberá se essa nova opção está apenas deslocada no espaço, sendo na verdade uma alternativa às outras; se é uma segunda oportunidade (pressupõe a crença em segundas oportunidades), ou se é a consequência de não ter feito uma escolha anteriormente. Na verdade, nunca vai saber. Nesse momento pensará que é bom não estar sózinho - ou que seria bom não estar sózinho, se a sua escolha tivesse sido outra.
publicado por AG às 13:47
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Quando eu for grande
Aqui há dias senti que a minha realização profissional poderia passar por um trabalho como criadora de nomes para as operações da PJ. Isto foi quando ouvi falar pela primeira vez na operação Apito Dourado. Hoje, mudei de ideias. O meu novo objectivo é trabalhar para o Metro de Lisboa como inspectora de movimento. Sim, existe. Não sei o que faz um inspector de movimento - se vigia o movimento do metro, dos passageiros (O senhor mexeu-se! Eu vi!), ou a ausência deste - assim como quem joga ao 'Um, dois, três, macaquinho do chinês'. Sei que quem inventou este nome merecia um beijo na testa. Há movimentos artísticos de vanguarda que aguardavam esta oportunidade. Vejam-se as conquistas para a prosa, por exemplo nesta notícia da TSF:

A greve dos inspectores de movimento do Metropolitano de Lisboa foi desconvocada, noticia a TSF. O metro não vai parar.
publicado por AG às 10:47
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Quinta-feira, 29 de Abril de 2004
Almanaque 2004 para o mês de Abril: as primeiras letras
Uma boa selecção de palavras pode dar uma outra luz ao seu dia.

A de Alcântara
B de Balsa
R de Ronronar
I
Lindo dia este (pelo menos eu acho)
publicado por AG às 22:04
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Arquitectura
Tudo começa assim. Constrói-se uma cidade como quem joga sobre um tabuleiro, rolando os dados e movendo peças. Os jogadores, conduzindo as peças, olham para o lado, tentando adivinhar o movimento, simultâneo e contínuo, de cada um dos outros. Os edifícios nascem sempre que, por entre os movimentos e dependendo dos dados, duas peças se tocam Os respectivos jogadores não podem voltar a movê-las, deixando-as ali, como construções não planeadas. Aliás, se as olham é com uma expressão de certo asco, ou pelo menos de incómodo perante a estrutura que resultou dos movimentos gerados pelo acaso.

Os jogadores têm um número limitado de peças que podem movimentar - uma de cada vez. A partir de certa altura, torna-se quase impraticável fazer circular as peças por entre os edifícios formados onde outras peças se tocaram. Pode ser impossível seguir caminho - este está cortado, ou o número designado pelos dados não permite avançar na direcção ainda em aberto. Os jogadores que se encontram nesta situação são abandonados no tabuleiro; os outros, que deixam para trás todas a suas peças, dirigem-se a um outro local e aí iniciam um novo jogo, uma nova cidade. Os que ficaram permanecem para sempre entre as ruínas da cidade construída, entre o acaso das peças distribuídas e paralisadas, que lhes sobraram e com as quais não podem fazer nada. Os dados tornam-se inúteis.
publicado por AG às 21:28
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Sugestão do dia
align=left vspace=4 hspace=4>Não conheço este festival, mas conheço um pouco da serra de Aire e Candeeiros para poder dizer como é bonita nesta época do ano, embora vendo ao longe (e até ao perto) não pareça nada de extraordinário. Tem a virtude de nos dar a ilusão de que estamos muito perto do céu. O Festival dos Ventos (bonito nome, não é?) promove uma série de actividades ao ar livre nos dias 22 e 23 de Maio, ligadas à educação ambiental e - o melhor de tudo - com sol, vento, céu azul e belíssimas paisagens. Ele há BTT, ele há caminhadas, ele há parapente e papagaios para soltar. Gostei do cartaz e trouxe-o a dar um bocadinho de cor aqui a esta página. Sou assim, uma fraca, deixo-me convencer pelas aparências.

Aproveito ainda para deixar uma pista - no sopé da serra, do lado de Mira, há um sítio mágico. É uma zona plana, alagadiça, separada em talhões por muros baixos de pedra, alguns meio derrubados, e com inúmeras pequenas árvores de um verde brilhante que, nesta altura, estão cheias de flores brancas. Parece um pomar, mas de flores. Se algum dia eu tivesse de encenar o jardim do Éden, seria lá. Podem chegar lá seguindo o percurso do circuito de manutenção e, assim que houver um ponto de passagem que o permita, saindo para o meio das árvores. Depois, é perderem-se por entre o verde, as flores e a água. Não há sequer um caminho de entrada ou saída. E a vontade é mesmo de ficar por lá.
publicado por AG às 13:12
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Como provar ao seu chefe que precisa de férias
Conte-lhe uma história verídica. Conte-lhe como, esta manhã, no comboio, ouviu o tic - tictic - tic que anuncia a passagem do revisor, abriu a mala, tirou o telemóvel, desbloqueou o telemóvel e levantou o braço de forma a que o revisor pudesse verificá-lo. Não mais de alguns segundos, até se fazer luz no seu espírito. E, depois, esperar que a pessoa ao lado não se tenha apercebido, recolhendo-o discretamente e procurando - isso, sim - o passe. Há um mínimo de dignidade a manter nos transportes públicos. Isso, ou férias.
publicado por AG às 10:31
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Terça-feira, 27 de Abril de 2004
Ele há coisas comoventes
Comunicação das Relações Exteriores da TVI, recebida na minha mui tolerante caixa de email:


"QUERIDAS FERAS"
Sacrifício de Fernanda Serrano conquista telespectadores

O episódio de ontem, dia 26 de Abril, da novela "Queridas Feras" foi o programa mais visto do dia, com 15.5% de Audiência Média e 56.5% de share.
Uma interpretação fantástica da actriz Fernanda Serrano que tomou a decisão de rapar o cabelo para dar maior veracidade ao drama da personagem que interpreta na novela, cativou os telespectadores durante todo o episódio que chegou a ter um pico de audiência de 66.2% de share às 23.35 horas.
Poderão ter acesso a algumas fotos da cena em que a máquina zero rapa todo o cabelo da actriz em (...)



(o pudor impede-me de continuar; imagino o país suspenso da máquina zero...)
publicado por AG às 13:47
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Poemário de hoje, a acompanhar um dia de sol
A gazela que tu feriste
veio morrer debaixo dos tamarindos
perto do redil onde as minhas escravas
lavam as suas roupas.
Encontrámo-la ao entardecer
de regresso às nossas tendas.
Ainda estavam tépidos os seus membros,
e as suas pálpebras
não cobriam totalmente
os seus longos olhos tristes.
No pau da lança
cravda no seu flanco
reconheci a tu marca.
Serei eu como a gazela?
Por amor de Deus, responde-me, ó tu, cujo olhar
feriu o meu coração.





Norte de África, tuaregues
in Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro
(tradução de José Agostinho baptista)
publicado por AG às 12:05
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Segunda-feira, 26 de Abril de 2004
Mas S. Francisco, Senhor...?
Porque fazê-lo padecer assim: Entusiasmados pelo sucesso de A Paixão de Cristo, os franciscanos de Nova Iorque estão a pedir a Mel Gibson que faça um filme sobre o Homem de Paixão, o seu patrono S. Francisco de Assis. (notícia DN)?
publicado por AG às 10:31
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Domingo, 25 de Abril de 2004
Nós que não somos especiais todos os dias
Não estamos quase nunca à altura dos grandes momentos que em certos dias, por uma combinação de circunstâncias que parecem por vezes milagre (tentação quase irresistível), surgem de nós mesmos - por intenção nossa, quase sem nos apercebermos, ou até apesar de nós. No instante em que acontecem estamos já quase a pressentir a desagregação dos pequenos pontos que, naquele instante, naquele dia, naquele lugar, compuseram o padrão irreconstituível, o acorde luminoso que iremos recordar mais tarde quando lamentarmos que tudo tenha durado tão pouco, que depois disso tenhamos estado aquém. Há quem não aguente essa condição humana de não ser capaz de repetir regularmente ou de perpetuar um estado excepcional, e reduza a luz desses momentos extraordinários até baixá-la ao nível das suas possibilidades, vontades ou conveniências de cada dia. Há quem prefira ver tudo sempre feio porque toda a beleza termina um dia.
publicado por AG às 22:16
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